No hatha-yoga genuíno não há nada de fortuito ou feito só porque sim; tudo resulta da verificação pessoal e toda as suas técnicas já foram experimentadas durante séculos.
A dificuldade está em parar. Há tanta ansiedade, tanta pressa, tanto nervosismo, tanto por fazer sem que nada se faça realmente, tantos movimentos automáticos e compulsivos, tanta inquietudo, que até a praticar yoga não se pode parar, nem ficar sentado a meditar depois da prática de ásana e o que importa é fazer mais e mais. Estar sempre hiperactivo e esternalizado é o fácil para a nossa mente, tal comi para o macaco é fácil saltar de ramo em ramo. Mas é a na quietude, no parar consciente que cada um se revela. Até Carl Jung alertou para os perigos de estarmos sempre voltados para o externo. Não para de mover-se, de falar, de pensar, de manipular, de enredar, de complicar, de perder-se em automatismos do corpo e da mente, perdendo energia alheando-se e jogando às escondidas consigo mesmo. O segredo está e parar, nem que seja uns minutos por dia.

Os antigos yogis sabiam-no muito bem. Benefícios de parar e de permanecer mais tempo nas posturas
– Aquietar a mente e interiorizar-se;
– Combater a mecanicidade e estar mais consciente;
– Tratar o corpo como uma ferramenta para conquistar a mente e para aquietá-la;
– Massagem dos órgãos internos e plexos nervosos;

– Mais familiaridade com a corporalidade;
Manter o estiramento muscular e intensificá-lo, envigorando o músculo e dando-lhe flexibilidade;
– Escutar a sabedoria do corpo;
– Ser mais preciso nas posturas e evitar lesões.
Toda a postura tem 3 fases: fazer, manter e desfazer. Há posturas em que se pode permanecer mais de 3 minutos. O corpo converte-se num laboratório vivo em que se pratica ara harmonizar as suas energias.